THAIZA ASSUNÇÃO - Midia News
15/12/2015 - 08:46
Os motoristas de Cuiabá e Várzea Grande foram surpreendidos mais uma vez com aumento do preço da gasolina e etanol nesta semana.
Em alguns postos da Grande Cuiabá o litro do etanol saltou de R$ 1,79 para R$ 2,49 - e o litro da gasolina de R$ 3,49 para o R$ 3,69.
A alta nos preços fez o consumidor sentir no bolso a diferença. O engenheiro civil José Zaneti, de 56 anos, afirmou que na semana passada encheu o tanque do seu veículo com 50 litros de etanol por R$ 104,50.
Nesta semana, ele teve que pagar R$ 124,50 para poder abastecer os mesmos 50 litros.
“Não esperava esse aumento tão de repente e isso comprometeu toda a minha renda”, disse o engenheiro.
A administradora Eliana Gonçalves também sentiu no bolso a diferença no preço dos combustíveis.
Ela contou que, antes, gastava R$ 50 para rodar a semana inteira. Agora paga R$ 70. “É um absurdo esse aumento”, limitou-se a criticar.
Já o pintor Carlos Luis Beneti, de 35 anos, afirmou que o aumento causou uma alteração forçada em sua rotina.
“Agora preciso pensar muito antes de sair com o carro, além de programar bem o meu trajeto, para não consumir mais combustível”, contou.
De acordo com o economista Edisantos Amorim, a alta nos preços dos combustíveis, que atingiram valores recordes neste ano, é reflexo do reajuste que vem ocorrendo nas refinarias desde o fim do ano passado, com o aumento do dólar.
Conforme o economista, esta é terceira vez que os preços do etanol e da gasolina sofrem aumento.
“Mas essa pegou todo mundo de surpresa. É como se tivesse adormecido com um preço e amanhecido com outro”, afirmou.
Ele ressaltou, porém, que não deve ocorrer mais aumento no preço dos combustíveis este ano.
O gerente de um posto de combustível no Centro de Cuiabá, que não quis se identificar, afirmou ao MidiaNews que os postos não podem ser responsabilizados por tais aumento, já que, segundo ele, são o últimos no elo dessa cadeia comercial e o mais frágil deles.
O gerente contou que, por conta das elevações nos preços, o posto onde trabalha tem sofrido perdas na diminuição das vendas e clientes.
“Os consumidores têm reclamado bastante, mas infelizmente não tem como fazermos nada”, disse.
Pesquisar
O economista afirmou que existem algumas estratégias para pagar menos na hora de abastecer. Para isso, o consumidor precisa pesquisar.
“Os postos dentro da cidade são os mais caros, porque têm uma maior procura. Já os que estão fora do centro apresentam um número significativamente menor”, afirmou.
“Também existem outras alternativas para economizar. As pessoas podem ir para o trabalho em grupo, com amigos ou vizinhos”, afirmou o economista.
O especialista também explicou que, para o consumidor saber se é mais vantajoso optar pelo etanol ou a gasolina, é necessário realizar um cálculo.
“Você pega o preço do etanol e divide pelo preço da gasolina. Em média, se o resultado for acima de 70% ou de 0,7, é mais vantajoso comprar a gasolina. Se for abaixo, é melhor comprar o etanol”, pontuou.
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