Domingo, 8 de setembro de 2024
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CRISE LULISTA

Ex-deputada do PT atribui derrota a 'traição' do PV na Federação em MT

A diretora da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e ex-deputada federal Rosa Neide (PT) acredita que o Partido Verde (PV) tem "certa culpa" por sua não reeleição em 2022 à Câmara Federal. A sigla, integrante da Federação junto com PC do B e PT, não lançou nenhum candidato à Câmara Federal, e os líderes do partido trabalharam para reeleger Emanuelzinho (MDB), filho do atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).

A tese foi levantada pelo apresentador do Jornal da Cultura e analista político Antero Paes de Barros durante entrevista com a petista na sexta-feira (1º). Na avaliação dele, corroborada por Rosa Neide, o PV de Mato Grosso, presidido pelo vice-prefeito José Roberto Stopa, "se encolheu" e trabalhou para reeleger Emanuelzinho.

Mesmo sendo a mais votada no Estado, Rosa Neide obteve mais de 124 mil votos, enquanto o emedebista teve 74.720 votos. No entanto, apesar de ser a mais votada, a petista não atingiu o coeficiente eleitoral suficiente para voltar ao cargo. "Quanto à minha eleição aqui no Estado, tem toda razão, e eu falo isso diariamente ao deputado Emanuelzinho, a quem eu tenho muito respeito. Eu não faria o que foi feito comigo com ninguém. A chapa apresentada pelo PV era viável, que daria uma eleição e uma suplência com tranquilidade, mas o partido não teve força para manter suas candidaturas e os objetivos que você bem explicitou, mas não sou uma pessoa rancorosa, não", declarou a diretora.

Em declarações anteriores, José Stopa rejeitou a forma como a Federação foi formada em âmbito nacional para vigorar por quatro anos, comparando-a com casamentos arranjados de antigamente. "Sabe aquele casamento antigo onde os pais escolhiam o noivo? Foi o que aconteceu com essa história de federação, um grande absurdo. Um casamento à moda antiga onde quem está se casando não tem o direito de dar sua opinião", reclamou, em agosto deste ano.

Rosa Neide também comentou sobre uma proposição levada pelo PV Nacional em apresentar candidatura apenas em Cuiabá e em nenhuma outra capital do país, o que é descartado pela petista. "Pessoalmente não concordo. Vejo que o PT tem uma base muito maior e tem todo direito de pleitear a disputa em Cuiabá. O PT não fará isso, pode ter certeza, mas vamos esperar a orientação nacional", assegurou.

Além disso, a diretora da Conab opinou que a população cuiabana quer um novo projeto em 2024, o que não a leva a crer em lançar o atual vice-prefeito de Emanuel Pinheiro. "A gente sabe da atual situação de Cuiabá e das críticas feitas pela população, e Cuiabá só vai melhorar quando tiver um projeto novo, que rompa com a briga entre governo estadual e municipal, e o povo fica esmagado. Acho que a população tem que olhar qual o projeto que rompe com esse tipo de política, claro que tem que ter relação tripartite, por isso que vejo que mulher tem mais facilidade de fazer mediação", opinou.
 
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