O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (União) disse, em entrevista à imprensa, que a expectativa é que o governador Mauro Mendes (União) não libere o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), para deixar o partido. Para Dilmar, ainda há chances para que Botelho seja o candidato do partido na disputa pela Prefeitura de Cuiabá no ano que vem.
“Eu acredito que o governador não vá liberar ninguém, nem o Botelho vai sair. E o Botelho deve ser o candidato a prefeito em Cuiabá pelo União Brasil”, disse.
Se Dilmar estiver certo e Botelho for escolhido candidato do União, a liberação não será um tema a ser discutido. Contudo, caso o candidato escolhido seja o deputado federal Fábio Garcia (União), que conta com o apoio do governador Mauro Mendes, presidente estadual do partido, a decisão pode "matar" os planos de Eduardo Botelho, que espera migrar para o PSD para disputar a Prefeitura de Cuiabá em 2024.
A liberação do partido é necessária, porque deputados estaduais só podem trocar de partido na janela partidária, que será aberta às vésperas da próxima eleição para a Assembleia Legislativa, ou seja, em 2026.
Em agosto, o deputado estadual Júlio Campos (União) havia revelado que havia um “acordo de cavalheiros” entre o governador Mauro Mendes e outras lideranças do partido para que, aqueles que quisessem deixar o União Brasil, fossem liberados.
“Já há uma combinação no diretório regional do União Brasil de que qualquer deputado, qualquer parlamentar, que quiser deixar o partido será liberado automaticamente. Não vamos prender ninguém. Se o Júlio Campos quiser deixar o União Brasil, o partido autoriza. Se o Botelho quiser deixar o União Brasil, o partido autoriza. Sebastião Rezende, Coronel Assis, Fábio Garcia, qualquer um que quiser novas oportunidades, novo partido, será autorizado”, afirmou Júlio à época.
Mais recentemente, o senador Jayme Campos (União) voltou a tocar no assunto. Ele disse que “o mínimo” que o partido poderia fazer é dar a “carta de alforria”.
"Eu não tenho dúvida alguma que é o mínimo, nesse caso particularmente, é dar a ele (a liberação). Ou seja, a carta de alforria para que ele possa procurar outra agremiação para se filiar e ser candidato", disse.
O próprio Eduardo Botelho disse que esperava que o partido o liberasse, apesar de, segundo ele, ainda ter esperança de o grupo do governador rever sua posição.
"Eu ainda vejo possibilidade sim (de ser o candidato do União Brasil). Eu espero que o governador, o grupo, reveja. Se não rever, que me liberem, eu não tenho problema nenhum", disse.