Quinta-feira, 22 de maio de 2025
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DIAMANTINO

Juíza cita violência e mantém prisão de homem que matou ex na presença dos filhos em Diamantino

 

Juíza Janaína Cristina de Almeida, da Vara Criminal de Diamantino (208 km a Médio-Norte), manteve a prisão de José Edson Douglas Galdino Santos, denunciado pelo feminicídio de Lorrane Cristina Silva de Lima, em março de 2024. A magistrada citou a nocividade que a liberdade dele traria ao convívio social, considerando a violência do crime.

 

Como José Edson está preso há mais de um ano, a magistrada viu a necessidade de revisar a prisão preventiva decretada contra ele.

 

Ela citou que a liberdade dele colocaria em risco a garantia da ordem pública, por causa “da repercussão do crime, insegurança e sensação de impunidade ante a prática delituosa”. Também pontuou que ele foi pronunciado por ter, supostamente, matado a facadas e violentado sexualmente a vítima por motivos de ciúmes, isso tudo na presença dos dois filhos menores dela.

 

Pontuou que um deles, de 7 anos de idade, “visualizou o denunciado agredindo sua genitora, além de observar quando o denunciado utilizou o dedo da vítima para desbloquear o aparelho celular, sendo determinado que ele e seu irmão permanecessem em outro cômodo da residência”.

 

A juíza considerou que o motivo que levou ao decreto de prisão ainda se mantém, já que não houve nenhum fato novo ou alteração da realidade fático-Jurídica.

 

“As circunstâncias que permeiam a prática delitiva revelam a nocividade do acusado ao convívio em sociedade, recomendando o acautelamento do meio social. A propósito, esse tipo de delito gera desconforto e aterroriza a sociedade pelas suas consequências (...). Não há nada que, neste momento, afaste o aspecto cautelar e provisório da prisão preventiva do denunciado José Edson Douglas Galdino Santos, devendo permanecer na modalidade de prisão em que se encontra”, decidiu a magistrada.

 

Crime brutal
Lorrane foi achada após a polícia ir à sua casa para averiguar o motivo pelo qual os filhos dela terem faltado às aulas dois dias seguidos. A diretora da escola estranhou a situação e foi até a residência, quando um dos meninos falou com a professora, de dentro da casa. Ele relatou que a mãe estava dormindo e o padrasto havia saído para comprar remédio e deixou os menores trancados na casa, que não tinham a chave do portão.

 

Aos policiais, as crianças falaram que estavam bem, porém, foi percebido que a situação não estava normal. Os policiais então pularam o muro e entraram na casa, quando sentiram o mau cheiro vindo de um dos quartos. A vítima estava no chão, sem vida e com uma faca ao lado do corpo. As duas crianças estavam em outro quarto, em pânico, e foram retiradas do local e entregues aos cuidados do Conselho Tutelar.

 

O autor do feminicídio foi preso no dia 19 de março de 2024, na cidade de Rurópolis, no sul do Pará. Ele foi localizado no guichê de uma empresa de ônibus, na rodoviária da cidade paraense, por uma equipe da PM. José Edson afirmou que cometeu o crime para conseguir usar a digital da vítima e desbloquear o celular dela. O criminoso tinha um registro anterior, de abril de 2022, pelo crime de perseguição, denunciado por outra ex-companheira dele, na cidade de Lucas do Rio Verde.

 
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