Gabriele Schimanoski e Lana Motta/RDNews
31/12/1969 - 20:00
As ações da JBS despencaram 20% nesta quarta (26), após a companhia anunciar o cancelamento dos planos de reorganização societária. O motivo seria a recusa do BNDES às mudanças, que detém 20,36% das ações da JBS por meio do BNDESPar, um braço de participações do banco. A empresa brasileira é considerada hoje a maior processadora de carne bovina do mundo e dona das marcas Friboi e Seara. Só em Mato Grosso, são pelo menos 12 plantas frigoríficas. Desse total, recentemente, duas apresentaram problemas trabalhistas no Estado.
Na manhã desta quarta, a unidade JBS/Friboi de Barra do Garças, recebeu prazo de 30 dias para adotar medidas que garantam a saúde e a segurança dos seus 1,6 mil empregados. A decisão atende liminar requerida pelo Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso (MPT).
Na última sexta (21), o MPT obteve liminar que obriga a JBS de Água Boa a adotar, em 60 dias, uma série de medidas para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores da planta. Uma das principais obrigações diz respeito à implementação de mecanismos para detecção precoce de vazamentos de amônia. O MPT ainda aguarda a condenação definitiva da empresa, e a fixação de indenização por danos morais coletivos, pleiteados em R$ 5 milhões.
Ao anunciar o cancelamento da reorganização societária, em comunicado ao mercado, a companhia afirma que a decisão foi tomada depois que o BNDESPar se manifestou contrariamente as mudanças e exerceu seu direito de veto sobre a proposta.
A JBS estudava há meses a reorganização societária que previa a criação de uma holding que agruparia os negócios internacionais da empresa. Além disso, já havia solicitado a aprovação de detentores de bônus para a reorganização e feito registro para a abertura de capital nos Estados Unidos.
'A JBS continuará investindo no fortalecimento da sua posição como líder global no setor de alimentos em um momento de recuperação gradual da economia mundial e dos fundamentos do setor de alimentos, buscando e propondo alternativas que visem maximizar valor aos seus acionistas', diz trecho do comunicado.
O presidente-executivo da JBS, Wesley Batista, ao ser questionado por analistas de mercado sobre os motivos que levaram o banco a vetar a transação, o executivo foi breve e se limitou a dizer que o “BNDES entendeu que a proposta de reorganização do jeito que foi apresentada não representava o melhor caminho para a JBS'.
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