Sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
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INVASÃO INDÍGENA

Justiça de Sinop requer e Força Nacional 'ocupa' usina no Nortão devido ameaça de invasão indígena

Dezenas de soldados da Força Nacional de Segurança chegaram, ontem, ao canteiro de obras da Usina Hidrelétrica São Manoel, no Teles Pires, na região de Paranaíta, divisa de Mato Grosso e Pará, para garantir a continuidade das obras e a segurança dos operários, técnicos e demais profissionais que trabalham no empreendimento. A empresa acionou a justiça alegando que haveria riscos de nova invasão de índios.

A solicitação do envio de tropas ao Nortão foi feita pelo juiz federal em Sinop, Marcel Queiróz Linhares. O governo atendeu o pedido e um avião Hércules, da Força Aérea Brasileira, pousou, ontem, no aeroporto de Alta Floresta, com os soldados e oficiais da Força Nacional. Não foi confirmado quantos policiais foram designados para esta missão e quanto tempo ficarão no canteiro de obras onde trabalham centenas de pessoas com objetivo também de evitar danos ao patrimônio.

Há cerca de três meses, um grupo de ingígenas da etnia Mundukuru invadiu e ficou quatro dias no canteiro de obras da usina protestando contra impactos que a obra estaria trazendo para a cultura indígena e, ano passado, sete funcionários foram mantidos reféns por índios Kayabis alegando que haveria suposta contaminação do rio após um vazamento de óleo.

A usina terá capacidade instalada de 700 MW (quatro unidades geradoras, cada uma com potência nominal de 177,32 megawatts), está sendo construída desde 2014 e a previsão inicial era entrar em funcionamento em agosto passado mas o novo prazo é para meados do ano que vem. A represa de São Manoel tem previsão de inundar 64 km², o volume de água do reservatório é de 577,22 hm³ e a linha de transmissão de 40 km. O empreendimento é feito pela EDP e empresas sócias.

 
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