Foi pedida a realização de diligências à Justiça Federal em Mato Grosso, para a realização de buscas nos endereços das mães dos advogados E.C.M. e J.W.C.O, no município de Rosário Oeste(103 km distante de Cuiabá).
O pedido à Justiça, feito pelo Ministério Público Federal, se pauta nas investigações da força-tarefa previdenciária da Polícia Federal denominada “Operação Rosário”, deflagrada com o objetivo de apurar a prática de crimes em um grande número de concessões fraudulentas de benefícios previdenciários, de auxílio-reclusão, originados da agência previdenciária de Rosário Oeste em 2016.
As buscas são necessárias porque os dois não foram localizados mesmo após pesquisas realizadas junto aos Sistemas Internos de Inteligência Cadastral. Conforme os autos do processo, eles cometeram fraudes na Previdência Social relativas ao auxílio-reclusão.
Assim, o MPF requer que seja realizada diligência nos endereços informados para que, na hipótese de não localização dos acusados, seja questionado às respectivas mães sobre o paradeiro dos filhos.
Os dois acusados à época integravam uma organização criminosa que conseguiam dados pessoais de eventuais beneficiários, reclusos e ex-reclusos, que em algum momento haviam sido segurados da Previdência Social, por meio de falsificação de certidão carcerária e documentos comprobatórios da regularidade contributiva ao tempo da prisão, alterando a data de reclusão e regime de cumprimento de pena, para viabilizar a concessão de benefícios de auxílio-reclusão fraudulentos com data retroativa em até cinco anos.
De acordo com o relatório de informação do MPF, que realizou a denúncia, a ação implicou em prejuízo aos cofres públicos no montante aproximado de R$ 19,4 milhões.